O papel das empresas nas causas sociais

O estudo ressalta a importância do voluntariado no Brasil e seu potencial para colaborar com diversas ações sociais

O terceiro setor representa um pilar fundamental na estrutura social de um país, atuando como um agente de mudança e promovendo concentrações de esforços em áreas específicas que demandam atenção. As Organizações Não Governamentais (ONGs), dentro desse contexto, desempenham um papel crucial, proporcionando benefícios variados à sociedade e impactando positivamente vidas em diferentes aspectos, desde saúde até educação e inclusão social. Neste cenário, um estudo acadêmico conduzido por Randel Granja de Almeida Gonçalves Abreu, mestre em Business Administration pela MUST University, com orientação do professor André Felipe da Silva Guedes, evidenciou que o  apoio das organizações privadas se mostra essencial para a sustentabilidade das ONGs e para o fortalecimento das ações sociais. 

O presente estudo teve como objetivo estruturar instrumentos orientadores para incentivar o aumento gradativo de investimentos por parte das empresas em prol das instituições sem fins lucrativos. A revisão da literatura realizada buscou compreender a importância do incentivo à cultura de organizações não governamentais que desenvolvem projetos sociais.

Além de apresentar resultados por meio de fluxogramas, que visam orientar as empresas no entendimento da criação e operação das ONGs, a pesquisa envolveu a análise de artigos científicos publicados no período de 2001 a 2022, juntamente com o levantamento da legislação vigente em sites oficiais do governo brasileiro. Em uma segunda etapa, aplicou-se um estudo descritivo e exploratório, com ênfase no desenvolvimento de roteiros orientadores por meio de fluxogramas que abordam desde a origem das ONGs até o papel das empresas nas ações sociais.

Destaca-se que as organizações do terceiro setor assumem no Brasil diversas causas sociais, em resposta ao crescente aumento das necessidades sociais. Projetos como o da ONG Recriando Raízes, surgido há 17 anos na comunidade de Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro, exemplificam o impacto positivo que as ONGs podem ter na sociedade. Iniciativas como o Projeto Jovens em Transformação, em parceria com o Instituto Grupo Boticário, demonstram como as empresas podem colaborar efetivamente com o desenvolvimento social.

No entanto, tornar-se uma instituição sem fins lucrativos não é uma tarefa simples, exigindo uma série de procedimentos burocráticos, como registro em cartório, obtenção de certificados e licenças, entre outros. Para incentivar as empresas a se envolverem mais ativamente com as ONGs e causas sociais, é necessário propor medidas práticas, que possam proporcionar uma sensação de prazer e gratificação aos envolvidos.

O estudo ressalta a importância do voluntariado no Brasil e seu potencial para colaborar com diversas ações sociais. Além disso, destaca a necessidade da responsabilidade social por parte das empresas, que cada vez mais são cobradas por seus consumidores a assumirem um papel ativo na promoção do bem-estar social.

Em última análise, a conclusão mais relevante é o incentivo ao lado humano da sociedade, promovendo a colaboração de todos, seja do Estado, das empresas ou das pessoas, para suprir as necessidades daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade. Para Randel Granja de Almeida Gonçalves Abreu, que está à frente de iniciativas como a ONG Recriando Raízes e o projeto Lenços ao Vento, “o que importa não é a origem da ajuda, mas sim o impacto positivo que ela pode gerar na vida das pessoas”, destaca o mestre em Business Administration da MUST University. 

Para ler a pesquisa completa, acesse a MUST Reviews, volume IX, a partir da página 104.

Sobre os autores:

Randel Granja de Almeida Gonçalves Abreu
Mestre em Administração pela MUST University e Graduado em Ciências Contábeis pela Uniabeu Centro Universitário.

André Felipe da Silva Guedes
Doutor e Mestre em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Graduado em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 

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